terça-feira, 29 de maio de 2012

LITERATURA E ARTE CONTEMPORÂNEA BRASILEIRA

 

A Coleção Bom Livro, da editora Ática, voltou a reformular seu projeto gráfico: passou a incorporar obras de arte contemporânea brasileira no design de suas capas. A mistura do clássico e do contemporâneo vai além de uma estética diferenciada - traz também a discussão da arte contemporânea para dentro das salas de aula.
A Coleção Bom Livro, da editora Ática, já é velha conhecida das escolas e do mercado editorial. Em seu catálogo, traz alguns dos maiores clássicos da literatura brasileira e portuguesa, como Dom Casmurro, A Moreninha, O Cortiço, Lira dos Vinte Anos, entre outras obras. A coleção já passou por três tipos de capas diferentes e em 2008 aconteceu sua mais recente reformulação de projeto gráfico. A ideia era fugir do aspecto juvenil que a série possuía, devido à sua ligação com as leituras obrigatórias escolares, e foi decidido que seriam usadas obras de arte contemporânea brasileira para figurar no design. A mudança radical quebra a barreira do foco juvenil e torna a coleção atrativa também para o leitor adulto.

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O Cortiço. Capa com detalhe da instalação Iruption Series, de Regina Silveira.
“Nossa intenção foi ampliar o público e, ao mesmo tempo, mostrar a permanência desses livros nos dias de hoje”, diz o editor Fabrício Waltrick. “Daí a escolha por artistas brasileiros contemporâneos. São os nossos clássicos de séculos atrás representados num olhar de hoje (mesmo que incidental). Não haveria melhor maneira de mostrar que aqueles livros – tão desgastados pelas leituras obrigatórias – eram arte, senão usando a própria arte.”
Por parte dos leitores, ocorrem discussões sobre a adequação dessas novas capas para o público adolescente, que supostamente não se interessa por arte contemporânea. Mas definir se as capas que diferem das tradicionais são atraentes para estudantes é algo que vai depender de um leque de fatores intra e extra-escolares. O dever de despertar (ou a tragédia de minguar) o interesse por determinada literatura ou arte não deve recair no projeto gráfico de um livro ou coleção, como é popular que se julgue. A questão educacional em torno desse problema é grandiosa e não cabe num artigo. Aqui é justo que se fale da coleção dentro de sua proposta de trazer uma nova experiência de diálogos entre literatura e artes plásticas.
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Os Bruzundangas. Obra da capa Desenhos em Bananas Retrato de Tónico Lemos Auad.
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Antologia Poética - Romantismo. Obra da capa Cinecromático 2SE - 18, de Abraham Palatnik.
A escolha de qual obra de arte apareceria em cada título literário foi feita internamente na editora. Observando os livros, que possuem uma bonita e simples diagramação, notamos que há todo tipo de expressão na capa: pinturas, fotografias, instalações, esculturas, entre outros que se adequaram bem ao design limpo e elegante. Fabricio Waltrick ressalta que não houve uma pretensão de montar um panorama atual das artes plásticas. Mas pode-se afirmar que a coleção oferece uma amostra bastante ilustrativa do que podemos encontrar na arte contemporânea brasileira e funciona como um deflagrador de interesse para o público leigo no assunto.
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Marília de Dirceu. Obra da capa 730 Ave Marias (díptico), de Stephan Doitschnoff.
Além de fugir do lugar-comum das capas tradicionais, as capas dessa coleção trazem a arte contemporânea para dentro das salas de aula. Pouco se discute artes plásticas na escola durante o ciclo do Ensino Médio. Normalmente o assunto é abordado nas aulas de história, quando se fala da Semana de 22 e das vanguardas europeias. Fala-se dos principais movimentos do início do século XX, como o impressionismo, o cubismo, o dadaísmo, o surrealismo, entre outros. Mas se passa correndo por eles, com uma breve descrição compacta e uma ou duas figuras como exemplo mais conhecido.
As artes voltam a figurar quando a matéria chega aos anos 60, na ditadura e nas revoluções artísticas, sexuais e comportamentais dos jovens da época. Alguns livros didáticos de literatura constroem uma teia de intertextualidade com artes visuais (incluindo quadrinhos populares), tornando o pragmatismo das matérias algo mais palatável e atual. E, dependendo do(a) professor(a), as artes plásticas podem se tornar complemento importante ao longo do ano letivo. Ainda assim, a arte contemporânea em específico, e brasileira principalmente, costuma ser ignorada. Felizmente, o quadro parece mudar aos poucos.
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Lira dos Vinte Anos. Obra da capa Solve et coagula, de Elder Rocha.
“A arte brasileira contemporânea está em processo de valorização, inclusive nas escolas”, diz Fabricio Waltrick. “Um projeto como este estabelece diálogos e brinca com os sentidos que a literatura apropria das artes plásticas e vice-versa. Por exemplo, uma obra de Adriana Varejão ganha a aura de clássico quando ilustra o 'Auto da Barca do Inferno'. Enquanto Gil Vicente acaba ficando com uma bela cara contemporânea. E todo mundo sai feliz. Aliás, sei que a Adriana gostou muito do projeto. E isso foi o máximo pra gente.”
Essa discussão em sala de aula vai além de exercitar a criatividade, o senso estético e o raciocínio interdisciplinar, ela inicia o estudante na linguagem das artes plásticas, evitando que amanhã ou depois ele enverede pelo caminho dos que torcem o nariz para a arte contemporânea por puro preconceito e a classifique como coisa para intelectualoides. (Algo que, infelizmente, também acaba acontecendo com os próprios clássicos literários. Embora se deva dizer que parte dessa antipatia do público nasça devido à miopia de alguns acadêmicos).
Os livros da coleção trazem, ao final, uma ficha sobre a obra de arte que figura na capa. A página mostra detalhes técnicos da obra, como nome, materiais e dimensões, uma biografia do artista, e um texto bastante elucidativo que relaciona a obra de arte com a ficção literária que ela ilustra naquele livro em particular. A capa de Cronistas do descobrimento (organização de Antonio Carlos Olivieri e Marco Antonio Villa) traz a pintura Who’s afraid of red, de Dora Longo Bahia, uma paisagem natural saturada em tons avermelhados e róseos e com uma profusão de arranhões que parecem destruí-la parcialmente. O texto explicativo ao final do livro relaciona o processo criativo dessa obra com a maneira como as narrativas sobre o Brasil do século XVI foram feitas: “O cruzamento de impressão quase instintiva e construção racional perfazem a síntese da imagem, assim como nos relatos dos cronistas”. E, mais ainda, os arranhões esbranquiçados como cicatrizes sobre a paisagem antes imaculada nos fornecem uma ilustração explícita da intervenção colonizadora em terras (que se tornariam) brasileiras.
Acesse o site da coleção para conhecer mais sobre os livros, as obras de arte que aparecem em cada capa e para ter acesso aos suplementos virtuais.
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O Crime do Padre Amaro. Obra da capa sem título, de Hidelbrando de Castro.
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A Moreninha. Obra da capa Montes, de Tatiana Blass.
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Contos (Machado). Obra da capa Poça III, de Daniel Senise.
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O Alienista. Obra da capa Semblantes, de Arthur Bispo do Rosário.
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Auto da Barca do Inferno. Obra da capa Azulejaria de cozinha com caças variadas, de Adriana Varejão.
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Memórias de um Sargento de Milícias. Obra da capa O visível e o invisível, de Marco Paulo Rolla.

Vida de Picasso é retratada em série de histórias em quadrinhos

 




Foto: Reprodução
Pablo Picasso
Os primeiros anos de Picasso em Paris, impregnados de boêmia, mulheres, tragédia e pincéis, chegam às livrarias francesas em uma série de quatro volumes de histórias em quadrinhos assinados pelo desenhista Clément Oubrerie e pela roteirista Julie Birmant.
Lançada pela editora Dargaud, a série de quadrinhos, que recria as vivências do pintor entre 1900 e 1912, estreia com "Pablo 1. Max Jacob" e recupera as lembranças de Fernande Oliver, uma modelo que posava para alguns dos artistas instalados em Paris no início do século XX e que se transformou no primeiro grande amor de Pablo Picasso (1881-1973).
"Trata-se também do resgate de uma época de esplendor e do célebre bairro de Montmartre, a colina onde fica a basílica do Sagrado Coração e onde ficavam muitos dos artistas que desfilaram por Paris há um século", explicou Julie Birmant, que vive a poucos metros de onde Pablo Picasso tinha seu estúdio.
"Todas as manhãs passo pelo local onde ficava sua casa para levar a minha filha ao colégio. Também passo pelo café onde se reuniam os anarquistas espanhóis", comentou a roteirista e responsável pelo projeto, que escolheu Oubrerie para ilustrar a série porque seus desenhos tinham "uma espécie de nudez" que encaixava com a história que queria publicar.
As tirinhas da série compõem o perfil de um Picasso enérgico e ambicioso, fascinado pela Paris das exposições universais e pelas mulheres da "Belle Époque". "Era complicado evocar a Picasso em história em quadrinhos porque é proibido retomar suas obras. Finalmente, essa limitação me permitiu encontrar uma via paralela e trabalhar cada tirinha como um pequeno quadro", resume Oubrerie, o desenhista da série.
Em 87 páginas de tirinhas cheias de ímpeto e com uma tiragem de 37 mil exemplares, o volume inaugural da série relata a chegada do gênio espanhol a Paris. Na época, Picasso tinha apenas 20 anos e era acompanhado de seu íntimo amigo e também pintor Carlos Casagemas, com quem compartilharia um estúdio no número 49 da rua Gabrielle.
Um ano depois, Casagemas se suicidaria com um tiro na cabeça, após ter tentado assassinar Germain, uma dançarina do cabaré "Le Moulin Rouge" com quem mantinha uma relação. Aquele drama marcou profundamente ao gênio cubista, que derivou então sua escala cromática e inaugurou o "período azul", que se estenderia até 1904.
A história em quadrinhos, que não se priva de ilustrar os incontáveis romances de Picasso, detalha como a morte de Casagemas desordenou o artista, que pintava obsessivamente enquanto não estava entre amantes e garrafas de álcool.
"O que chama atenção em Picasso é sua capacidade de mudar de registro. Nesta série, eu fiz o mesmo, utilizando tanto o lápis como o carvãozinho, a tinta e a aquarela. Representei de maneira um pouco iconoclasta, mas ao mesmo tempo abstrato, sempre fazendo com que de forma alguma fosse reconhecível", acrescentou Oubrerie.
Poucos meses depois a morte do amigo, Picasso apresentava sua primeira exposição e chamava a atenção do público na galeria que frequentava o prestigiado Ambroise Vollard, retrata a história em quadrinhos. Aquela mostra de 25 de junho de 1901, a qual o pintor terminou uma centena de quadros em um mês, também marca o início de sua relação com o crítico de arte Max Jacob.
Jacob, que dá nome ao primeiro título do romance gráfico, refugiou Picasso quando o artista já estava com fama de "poeta maldito". Nesta ocasião, em 1904, o amor de Fernanda entra na vida do pintor espanhol, que já se encontrava instalado em seu célebre estúdio Bateau-Lavoir, em Montmartre.
Esse também é o momento que conclui "Pablo 1. Max Jacob", que terá continuidade nos três livros dedicados a outros três grandes amigos do artista, o literato Guillaume Apollinaire, a escritora Gertrude Stein e o pintor Henri Matisse.
O romance gráfico de Picasso, que será publicado em espanhol em 2013, não é a única biografia em história em quadrinhos. Isso porque, a temporada literária na França também recebeu obras sobre Virgínia Woolf, de Michèle Gazier e Bernard Ciccolini, e Sigmund Freud, de Corinne Maier e Anne Simon.
Fonte: IG

JON SHEER: FOTOGRAFAR AS TRADIÇÕES JAPONESAS

 




É norte-americano, mas vive há dezasseis anos no Japão. Durante este tempo, o fotógrafo produziu um extenso portefólio sobre a cultural oriental e, em especial, sobre as suas tradições e lugares espirituais. Com a intenção de captar as sensações que cada paisagem desperta, Jon Sheer utilizou técnicas de alta definição para revelar os seus mais ínfimos detalhes.

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© Jon Sheer, "Temple Of The Risen Sun".
“Don’t shoot what it looks like. Shoot what it feels like” –a frase é de David Alan Harvey, mas caracteriza na perfeição o trabalho de Jon Sheer. O fotógrafo norte-americano nascido em Nova Iorque e criado em São Francisco tem 37 anos e vive há dezasseis no Japão. Durante este tempo, Jon registou vários elementos da cultura oriental, em especial as suas tradições e lugares espirituais, captando cada paisagem com um impressionante detalhe.
As imagens focam templos budistas, santuários xintoístas, construções arquitectónicas e outros símbolos enraizados na cultura do país. Utilizando técnicas fotográficas de alta definição (HDR –High Dynamic Range Rendering), Jon consegue transmitir não só a sua beleza, mas também os sentimentos e o significado destas tradições. Para ainda reforçar o traço hiperrealista que pretende dar-lhes, termina por imprimi-las em painéis acrílicos, com cinco centímetros de espessura, e usar jactos de tinta UV – que recriam tons de cor extremamente realistas e de grande qualidade. Jon limita todas as imagens a apenas vinte exemplares; porém, faz questão de os personalizar.
Uma parte do seu trabalho encontra-se exposta na “Toast Gallery” em Paris. Em 2009,foi escolhido para representar o Japão na edição anual da “Relais et Chateaux Asia guidebook”, uma colecção exclusiva de imagens que apresenta pormenores de hotéis de luxo e restaurantes gourmets em mais de cinquenta países. Actualmente, a par dos projectos pessoais, Jon está a colaborar com outros fotógrafos japoneses na montagem de um documentário fotográfico sobre a catástrofe de 11 de Março.
Para conhecer mais sobre o autor, visite o site oficial ou consulte a sua página no Getty Images.
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© Jon Sheer.
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© Jon Sheer.
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© Jon Sheer.
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© Jon Sheer, "Gateway To Heavens".
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© Jon Sheer, "Haunted Temple of Hellish Nightmares".
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© Jon Sheer, "Eye Of The Sky".
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© Jon Sheer, "Blade Runner Bouquet".
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© Jon Sheer, "Belly Of The Beast".

ART NAÏF E AUGUSTIN KASSI: O PINTOR DA AUTOESTIMA

 


A arte de Augustin Kassi homenageia as formas voluptuosas de mulheres africanas. Com cores fortes, mostra uma beleza existente que usualmente é mitigada pela força imposta por um determinado padrão de beleza.
A insatisfação parece sentimento inato aos humanos. Certamente, ao apuro desse diagnóstico podem se debruçar de forma mais criteriosa os psicólogos e analistas, ou seja, toda sorte de profissionais que se dedicam ao estudo do comportamento humano.
Augustin kassi
O padrão estético moderno, que conceitua o certo e errado, o belo e o feio, desenvolveu-se e transmutou-se ao logo da história, sendo que em nenhum ponto, até o momento, parece que conseguimos lidar com as dicotomias sem chegar a um meio termo – Nem branco nem preto, talvez um cinza.

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A imposição arbitrária que fustiga os seres de ter que adotar sempre um dos lados de forma bem definida, massacra aqueles e aquelas que não se enquadram nos estereótipos pré-definidos por uma massa que nem ao menos tem consciência de si mesma.

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Contudo, de tempos em tempos, surgem luzes que nos trazem à tona a necessidade de questionar o que é imposto como padrão irrefutável. Nesta seara, encontra-se o artista Augustin Kassi, que pertencente à escola de art Naïf (o que por si só é uma contradição, eis que Naïf é o termo utilizado para denominar a arte produzida por artistas sem preparação acadêmica) cujas obras são caracterizadas pela simplicidade e beleza desequilibrada nas suas cores fortes.

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Kassi oferece em suas obras um olhar diferente da beleza usualmente imposta, eleva a autoestima das mulheres que não pertencem ao conjunto normalmente definido pela moda. É desse modo, através de uma forma antiga (a pintura) que se mostra algo moderno (a art Naïf) e nos faz refletir (pró-futuro) as bases em que estamos acostumados a nos assentar e acomodar.

"Enfrentando a realidade com muita criatividade!"

 


 


Pense no seu caminho para o trabalho. De quantos buraquinhos, buracos e autênticas crateras tem de se desviar até conseguir estoicamente completá-lo? Isso irrita-o? Pragueja contra o responsável por arranjar os ditos buracos? E se neles encontrasse um canteiro de flores, um cadeirão e um livro em miniatura? Ou um colorido entrançado? Ou pensasse na Alice do País das Maravilhas a descer por ali em busca do coelho? Isso melhorava o seu dia, não?



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© "MYPOTHOLES" (Montreal) Claudia Ficca & Davide Luciano, and Big Pearl Productions INC.

Diariamente deparamo-nos com situações que nos irritam. Para todos os que conduzem, os buracos na estrada são sem dúvida uma delas. Contudo, a maioria de nós limita-se a desviar-se já quase sem pensar ou, quem sabe, a soltar alguma imprecação dentro do carro. Felizmente, existem pessoas mais criativas que encontram formas positivas e muito mais interessantes de lidar com estes contratempos, desenvolvendo um autêntico movimento artístico à volta dos buracos na estrada.
Claudia Ficca e Davide Luciano, Steve Wheen e Juliana Santacruz Herrera, cada um num sítio distinto do mundo, fartos do encontro diário com enormes buracos na estrada, tiveram a mesma ideia, com formas de concretização realmente distintas e originais: criar arte dentro dos buracos da estrada.
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© "MYPOTHOLES" (Montreal) Claudia Ficca & Davide Luciano, and Big Pearl Productions INC.
Após a colisão com um buraco particularmente maior, Claudia Ficca e Davide Luciano tiveram o empurrão que faltava para criarem um projeto espantoso e original. Desde então, percorrem vários locais dos Estados Unidos e do Canadá em busca do buraco perfeito para mais uma fotografia. Para cada uma criam um imaginário em volta da cratera escolhida, montando um cenário que ganha vida com a interpretação de modelos. Uma vez no local, montam o cenário, dirigem os modelos e fazem turnos atrás da câmara para captar o melhor ângulo e a melhor imagem possível pois, segundo dizem, não editam as fotografias posteriormente. Todo o processo demora entre 5 a 10 minutos e implica uma vigilância atenta ao tráfego, dado que as sessões fotográficas são feitas sem interromper o trânsito.
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© "MYPOTHOLES" (Montreal) Claudia Ficca & Davide Luciano, and Big Pearl Productions INC.
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© "MYPOTHOLES" (Montreal) Claudia Ficca & Davide Luciano, and Big Pearl Productions INC.
Das quatro séries que criaram até ao momento, a de Montreal é a mais extensa e, aqui, a imaginação dos fotógrafos levou-os a criar imagens em que os buracos alagados servem como tanque para lavar roupa, lago para pescar, mergulhar ou nadar, banheira de criança, fritadeira para donuts e lagar para pisar uvas. Em Toronto, o buraco serve como balde de gelo para refrescar o espumante de umas meninas em festa. Já Nova Iorque foi palco da referida imagem em que Alice segue o coelho para a sua toca e de uma outra em que o buraco se transforma num gigante prato de massa com almondegas à bolonhesa, que lembra a famosa cena do filme da Disney, A Dama e o Vagabundo. Por fim, em Los Angeles, recriam o imaginário de Hollywood com uma cena de Baywatch e o passeio da fama, sobrando ainda criatividade para fazer do buraco recipiente para o leite em que o Pai Natal vai molhar as suas bolachas de gengibre. Para saber mais sobre este projeto consulte osite mypotholes.com
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© "MYPOTHOLES" (Montreal) Claudia Ficca & Davide Luciano, and Big Pearl Productions INC.
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© "MYPOTHOLES" (Montreal) Claudia Ficca & Davide Luciano, and Big Pearl Productions INC.
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© "MYPOTHOLES" (Montreal) Claudia Ficca & Davide Luciano, and Big Pearl Productions INC.
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© "MYPOTHOLES" (Montreal) Claudia Ficca & Davide Luciano, and Big Pearl Productions INC.
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© "MYPOTHOLES" (Toronto) Claudia Ficca & Davide Luciano, and Big Pearl Productions INC.
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© "MYPOTHOLES" (Nova Iorque) Claudia Ficca & Davide Luciano, and Big Pearl Productions INC.
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© "MYPOTHOLES" (Nova Iorque) Claudia Ficca & Davide Luciano, and Big Pearl Productions INC.
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© "MYPOTHOLES" (Los Angeles) Claudia Ficca & Davide Luciano, and Big Pearl Productions INC.
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© "MYPOTHOLES" (Los Angeles) Claudia Ficca & Davide Luciano, and Big Pearl Productions INC.
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© "MYPOTHOLES" (Los Angeles) Claudia Ficca & Davide Luciano, and Big Pearl Productions INC.
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© "MYPOTHOLES" (Los Angeles) Claudia Ficca & Davide Luciano, and Big Pearl Productions INC.
Steve Wheen é um criativo ciclista inglês, amante de jardinagem e que, como todos nós, odeia buracos na estrada. Num projeto da faculdade iniciou-se como jardineiro de nada mais, nada menos que buracos da estrada. Uma atividade que, segundo Steve, já existia e teve o seu início numa escola dos EUA, quatro anos antes de Steve iniciar o seu projeto. Porém, a criatividade de Steve vai muito além de plantar canteiros de flores. Ele cria pequenos recantos acolhedores, que prendem o olhar e arrancam sorrisos a quem por eles é surpreendido. Utilizando mobília e acessórios em miniatura, transforma os desagradáveis buracos naquele pequeno jardim que todos sonhamos ter na parte de trás de casa, onde podemos descansar numa poltrona ou espreguiçadeira a ler um bom livro ou mesmo a fazer tricot. Outro dos seus temas consiste em recriar pequenos cenários tipicamente ingleses, onde podemos encontrar pontos de correio, material para esquiar na neve, ou até o Mini que levaria o famoso casal real William e Kate. Para conhecer mais sobre este projeto veja o site thepotholegardener
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Por fim, temos o não menos criativo trabalho de Juliana Santacruz Herrera que preenche os buracos das ruas de Paris com metros e metros de tecidos coloridos, entrançados e enrolados para ganharem a forma de cada buraco. O contraste entre o cinzento da cidade e as cores garridas que Juliana usa faz desta intervenção o toque de cor, vivacidade e alegria de que todas as grandes cidades precisam. Podem seguir o trabalho desta artista no Flickr.

Raionismo

Raionismo, ou raísmo, termo que faz menção a um estilo pictórico desenvolvido na Rússia entre 1912 e 1914, tem como seus maiores representantes Mikhail Larionov (1881 - 1964) e Natalia Gontcharova (1881 - 1962). Remete diretamente à noção de raios de luz entrecruzados a partir dos quais a composição - geralmente orientada na diagonal - é construída. Luz e cor são os componentes fundamentais das obras raionistas. Se a luz no impressionismo é usada para realçar as coisas, aqui ela se torna o objeto do quadro, organizado em função de uma espécie de orquestração entre raios luminosos e cores. A idéia é menos representar a luz e o movimento, mas construir um espaço sem objetos - absoluto - formado por puro movimento e luz. Do ritmo dinâmico dos raios, que correm paralelos ou em sentidos contrários na superfície, se decompõem as cores do prisma. No Manifesto escrito em 1912 e publicado no ano seguinte na exposição Alvo organizada em Moscou por Larionov, Gontcharova e Malevitch (1878 - 1935) -, os artistas afirmam ser o raionismo uma "síntese do cubismo, do futurismo e do orfismo". À investigação da estrutura da composição - seus ângulos, volumes e planos geométricos - tal como empreendida pelo cubismo, soma-se a pesquisa do movimento de forma semelhante à realizada pelo futurismo, aos quais se associam os temas órficos (líricos e mitológicos), aliados ao uso da cor.
O movimento raionista está diretamente ligado aos seus criadores e às pesquisas formais levadas a cabo pelas demais vanguardas russas do começo do século: o suprematismo e o construtivismo. Embora com ênfases distintas, esses movimentos apontam caminhos variados para as pesquisas abstratas que terão lugar a partir de então. O suprematismo de Malevitch vai defender uma arte livre de finalidades práticas e comprometida com a pura visualidade plástica. O construtivismo de Vladimir Tatlin (1885 - 1953) pensa a pintura e a escultura como construções - e não como representações -, guardando proximidade com a arquitetura em termos de materiais, procedimentos e objetivos. Aí também se evidencia a pesquisa com o movimento, por exemplo, nos relevos tridimensionais de Tatlin. O raísmo sinaliza, a seu modo, um corte em relação à idéia de arte como representação, pela apresentação da luz e do movimento em abstrato. Na ambição de decompor a imagem em "diagrama de raios", o raionismo recorre ainda às pesquisas empreendidas pelo divisionismo de Paul Signac (1863 - 1935).
A primeira fase da obra de Larionov se beneficia mais de perto das sugestões da arte popular russa (por exemplo, nas séries Soldados e Prostitutas, 1980/1913). E é responsável pela organização de diversas exposições de vanguarda: a Valete de Ouros, em 1910, Rabo de Burro, 1912, e Alvo, 1913, quando é lançado o raionismo. De acordo com as linhas mestras do movimento, ele produz uma série de obras como Raísmo, 1911 e Raionismo Azul, 1912/1913. Em 1915, deixa a Rússia com sua mulher Gontcharova, e fixa-se em Paris em 1919. Nessa fase, abandona as pinturas e se dedica aos projetos cenográficos para os balés russos de Serguei Pavlovitch Diaguilev (1872 - 1929). Gontcharova se inicia na pintura em 1904 e com Larionov participa de uma série de atividades artísticas, como Valete de Ouros e Rabo de Burro. Em sua obra, apontam os críticos, ela combina as influências da arte popular, do fauvismo e do cubismo. Nos trabalhos realizados no movimento raionista é possível flagrar sua adesão mais decidida ao futurismo (Gatos, 1910, e Composição, ca.1913). Em Paris, produz cenários e figurinos para o teatro, também para os balés de Diaguilev. A saída de Larionov e Gontcharova da Rússia coincide com o abandono da pintura de cavaletes e com o fim do movimento raionista, pois nenhum deles deixa escola ou forma discípulos.
Ainda que as vanguardas russas de modo geral tenham deixado suas marcas na arte contemporânea brasileira - sobretudo nas produções de caráter construtivista do concretismo e do neoconcretismo - não é fácil localizar influências precisas do raionismo na arte nacional. Se a cor é elemento fundamental nos sintagmas visuais concretos, ligada à seriação e ao movimento - em obras de Hermelindo Fiaminghi (1920 - 2004) e Luiz Sacilotto (1924 - 2003), por exemplo -, ganhando maior conotação expressiva nas pesquisas neoconcretas - como em Aluísio Carvão (1920 - 2001) e Hércules Barsotti (1914) -, ela parece distante dos ritmos luminosos do raionismo. A obra de Malevitch, sobretudo em sua vertente suprematista, esta, sim, parece mais afinada com a produção nacional dos anos 1950 e 1960. Vale lembrar que parte da obra de Malevich está presente na 22a Bienal Internacional de São Paulo, de 1994.
Fonte: www.itaucultural.org.br
Raionismo

O Movimento Futurista

O futurismo, base para o raionismo, quebrava a ligação com o passado, considerava os críticos de arte inúteis, rebelava-se contra o bom gosto, a harmonia e a tradição.
Os futuristas acreditavam na ciência e na tecnologia, amavam as máquinas; a velocidade – os carros e aviões; o urbano; a juventud [removed][removed] e. Admiravam o triunfo tecnológico do homem sobre a natureza.
Influenciou profundamente o futuro da arte em todo o mundo. Além do Raionismo russo, sente-se também sua influência na Art Deco, no Vorticismo, Construtivismo, Surrealismo e no Dadaísmo.

O Raionismo

O Raionismo de Mikhail Larionov e Natalia Goncharova procurou ir além da abstração futurista, através da dinamicidade dos raios e das cores contrastantes da reflexão da luz de determinado(s) objeto(s). Assim, as pinturas raionistas eram obtidas do resultado da interseção dos raios refletidos de vários objetos e formas.
Os raionistas queriam demonstrar a essência da pintura – a combinação de cores, a saturação, a relação das massas de cor, profundidade, textura – e não a realidade dos objetos pintados. Seria, mais ou menos, como se cada objeto fosse uma fonte de luz e o artista pintasse não a luz, mas os raios refletidos por ela. Cuidando, entretanto, de pintar somente os reflexos da luz (objeto) escolhida e não todos os reflexos vistos, vez que o reflexo de outras luzes (outros objetos) interfeririam em seu campo visual.

Goncharova e Laionov disseram sobre sua arte:
“A soma dos raios de um objeto (A) cruza a soma dos raios do objeto B, no espaço entre eles certa forma aparece, e esta é isolada pela vontade do artista.
Percepção, não do objeto em si, mas da soma de seus raios, está, por natureza, muito mais perto da superfície simbólica da imagem do que é o próprio objeto. Isso é quase o mesmo que a miragem que aparece no ar ardente do deserto e representa cidades distantes, lagos e oásis no céu (em casos concretos). Raionismo apaga as barreiras que existem entre a superfície da imagem e da natureza.
Um raio é representado provisoriamente na superfície por uma linha colorida.”
O raionismo representou para a arte abstrata russa a libertação do tradicionalismo e do realismo, que oprimiam a criatividade artística




Raionismo Vermelho de  Mikhail Larionov.

1911

Fonte: http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/raionismo/raionismo.php#ixzz1wHg3wk15

Op Art


Op Art
Movimento da arte abstrata que se desenvolveu na década de 1960.
A OP ART (abreviatura de óptical art, "ARTE ÓPTICA") explora a falibilidade do olho humano.
O artista joga com o espectador,criando imagens que parecem vibrar e palpitar. Embora a obra de arte em si seja estática,as formas e cores utilizadas provocam uma ilusão óptica de movimento.
Pesquisas no campo visual exploradas no séc XX passam pelo cubismo, por Mondrian, pelo construtivismo e pelas análises da visão da Bauhaus, chegando a pesquisas visuais-cinéticas e à Op-art. Esse movimento nasce com a associação e sucessão espontânea de imagens no campo psicológico-ótico.
A op art (optical art / arte ótica), apesar do rigor com que é construída, simboliza um mundo precário e instável, que se modifica a cada instante.
Um crítico referiu-se assim à op art: 'Now-you-see-it-now-you-don't' (Agora você vê, agora você não vê). O termo 'obra aberta' foi igualmente aplicável à op art por Vinca Mazini, significando "uma arte suscetível de mutações de seus elementos com possibilidade de configurações diversas, limitadas pelas modificações recíprocas dos elementos e do espectador.

Antecedentes

Mas de onde estes artistas novos vêm, e de onde começaram suas idéias? Os artistas tiveram o grande sucesso, e este sucesso veio na parte, do trabalho de outros movimentos.
No Passado - Muitos pintores ao longo da história se empenharam em realizar ilusões óticas. Os artistas durante o Renascimento experimentaram fazer da pintura de superfície lisa brotar uma imagem tri-dimensional. O Maneiristas também tentaram criar imagens para confundir o olho humano. Os artistas "op" também receberam grande inspiração dos Pós-Impressionistas quando esses criaram um estilo da pintura chamado Pontilhismo. A pintura formada por minúsculos pontos que quando olhados a uma certa distância, revela a imagem misturando suas próprias cores, assim como é o processo da impressoras atuais. Em certo sentido, os pontos parecem fundirem-se formando uma cor diferente; uma ilusão ótica . Os artistas "op art" usaram eventualmente estes mesmos princípios ao demonstrar os contrastes entre o branco e o preto.
Antecedentes imediatos - Os antecedentes imediatos dessa corrente são movimentos de vanguarda, como o cubismo e o abstracionismo, que empregavam efeitos visuais e técnicas de composição semelhantes. Nas décadas de 1920 e 1930, na Alemanha e nos Estados Unidos, Josef Albers pesquisava os efeitos da cor em superfícies planas. Tornou-se famosa sua série de quadros "Homenagem ao quadrado", em que estuda a irradiação e a interação cromática. Um dos mais brilhantes representantes da op art foi Victor Vasarely, que a partir de 1952 passou a criar diferentes estruturas cinéticas em preto e branco, após o que adotou a cor.
O artista partia de figuras geométricas de tamanhos diversos, sobretudo o cubo, que combinava com cores chapadas para obter o efeito de tridimensionalidade.
Após aproximadamente 400 anos da experimentação com ilusões óticas na arte, o movimento op da arte decidiu estudar coletivamente a importância e a eficácia da arte tridimensional utilizando símbolos geométricos.

O Início

O nascimento da op art, oficialmente, se deu com um artigo na Times Magazine.
Em 1964, a Times publicou um texto que descrevia um movimento da arte com características de ilusões óticas. ao se referir à exposição The Responsive Eye, inaugurada um ano depois no Museu de Arte Moderna de Nova York. A mostra apresentou tanto obras pictóricas com ilusões geométricas, compostas de estruturas formais e superfícies coloridas, quanto outras baseadas no movimento, que se utilizavam apenas de linhas e tramas em preto e branco.
O movimento pretendia manipular os a visão ou criar uma ilusão ótica.
Similar a outros movimentos, os artistas op da arte não usaram a pintura convencional ,usaram um esquema limitado da cores, e um estilo própio de desenhar a forma e os objetos. Cada pintura ou projeto tiveram sua própria maneira de iludir o olho humano. Embora este movimento tenha sido relativamente curto, o acervo que deixou foi muito importante para movimentos posteriores e amantes da arte.
A Op Art tornou-se popular nos círculos intelectuais e sociais, e seus trabalhos foram bastantes procurados logo em seguida. Durou oficialmente somente três anos, e foi seguida do movimento da Pop Art.

Características

Op art busca atingir o espectador por meio da combinação de cores frias e quentes e da superposição de tramas geométricas. Manifestação artística não distante da arte cinética, envolve procedimentos científicos e artísticos (contrastes, ondulações, interferências) capazes de estimular a retina e criar intensa instabilidade visual.
A Op Art é também caracterizada por testes padrões pretos e brancos ou pelas formas geométricas que usam a repetição de formas e de cores simples criar efeitos vibrantes, um sentido de profundidade, a confusão do primeiro-fundo, e outros efeitos visuais, criando frequentemente a "visão ilusão".
Estruturas em truques da percepção visual: usando linhas de perspectiva dar a impressão do espaço tridimensional, cores misturadas para dar a impressão da luz e de sombra, e assim por diante. Envolvendo o estudo da percepção, os artistas usam formas geométricas como tema em seus trabalhos.

Principais características

Confusão entre figura e fundo
Ilusão de movimento
Profundidade
Uso de cores repetitivas e contrastantes
Formas abstratas criadas de forma sistemática
Aplicações
Embora tenha sido um movimento efêmero, a op art teve grande influência na moda, na decoração de interiores, em capas de livros e discos e até no urbanismo e na arquitetura.
Durante a década de 70, a op-art foi utilizada pelo mundo da Moda com aplicações em vestidos, blusas, etc. Até hoje, alguns estilistas tiram proveito das listras e de outras formas para jogar com a ilusão de ótica.
Fonte: www.opartufpe.cjb.net
Op Art
Op Art
A op-art (optical-art) ou arte ótica, tem, na verdade, o seu precursor em Victor Vassarely (1908), criador da plástica cinética ou plástica do movimento.
Segundo Vassarely, em plena idade da mecanização e industrialização, com a produção e o consumo de massa, a pintura não pode mais continuar sendo feita com a mesma técnica milenar dos pintores das cavernas pré-históricas, capaz de produzir somente "peças únicas", que se destinam, em última análise, à contemplação ou consumo individual. Para se tornar expressão autêntica dos nossos tempos, que se caracterizam pela velocidade e multiplicidade, a pintura deve ser produzida mecanicamente em série, consumida em massa e exprimir o dinamismo da vida moderna. Dentro dessa ordem de idéias, criou a plástica cinética que se funda em pesquisas e experiências dos fenômenos de percepção ótica.
As suas composições se constituem de diferentes figuras geométricas, em preto e branco ou coloridas. São engenhosamente combinadas, de modo que através de constantes excitações ou acomodações retinianas provocam sensações de velocidade e sugestões de dinamismo, que se modificam desde que o contemplador mude de posição.
O geometrismo da composição, ao qual não são estranhos efeitos luminosos, mesmo quando em preto e branco, parece obedecer a duas finalidades. Sugerir facilidades de racionalização para a produção mecânica ou para a multiplicidade, como diz o artista; por outro lado, solicitar ou exigir a participação ativa do contemplador para que a composição se realize completamente como "obra aberta".
Essas pesquisas e experiências no campo das sensações óticas foram e estão sendo desenvolvidas por numerosos artistas, em vários países. Receberam a denominação de op-art ou arte cinética, que, como as demais escolas de pintura moderna, apresenta grupos e subtendências.
A op-art teve uma de suas manifestações públicas de maior importância na coletiva The Responsive Eye (1965), no Museu de Arte Moderna de Nova Iorque.
Fonte: www.sul-sc.com.br


Fonte: http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/op-art/op-art.php#ixzz1wHNCtb2V

segunda-feira, 28 de maio de 2012

A Arte Retrô de Ellen Giggenbach

 



Nas minhas navegações pela Internet, encontrei as ilustrações criadas pela artista plástica Ellen Giggenbach, ela é alemã de nascença e vive na Nova Zelândia. O que me chamou a minha atenção, foi o estilo retrô que lembra as ilustrações ingênuas dos anos 60 e a combinação com o estilo artesanal alemão conhecido como o Bauernmalerei, com motivos estilizados e geométricos. O trabalho de Ellen é bem delicado, tudo isso é feito por meio de recortes e colagens de papéis coloridos feitos manualmente, seu trabalho pode ser adquirido no site Etsy.